La maison de Bárbara

 Em primeiro lugar, quero esclarecer que não sinto tanto pesar quanto a dona do veículo pelo qual vos falo, por exemplo e também não saberia dimensionar a perda que o mundo artístico-fashion teve com a morte do jovem porém lendário Alexander, que Deus o tenha.

Second of all, alguns dirão que eu preciso me atualizar, me desapegar de informações "velhas" e dirão até que eu preciso assinar a folha, pra evitar que minha matéia prima fique caquética.

O fato é que sempre é tempo de pensar. Joguem fora as observações de quem tem a obrigação de falar ao publico. Jogue fora principalmente a opinião de quem é do ramo. - não querendo generalizar, mas inevitavelmente o fazendo.

Esqueçam que McQueen ecoará pela Champs-Élysées, ou pela City no coração de Londres, ou em Milão, ou em barcelona, ou até nas novaiorquinas Lexington, Park, Madisson e 5th.

O impacto de ver um gênio sendo trasladado de dentro de uma mansão tipicamente britânica para uma mórbida van mortuária, sufoca a alma até dos gélidos suditos da rainha. Além do choque, nos entristece saber que McQueen morreu, como todas as mentes transformadoras, total e completamente sozinho.

 No hall do luxuoso apartamento de Green Park, na zona oeste de Londres, ou nas 44 lojas que McQueen mantinha em sociedade com o grupo PRPGucci deveriam anexar estandartes com os seguintes dizeres:

Aqui viveu e viverá, um eterno - com o perdão do trocadilho - McKing.

Agora reflitam, queridos solitários...

O que leva a todo gênio, na história, a não perdurar?

Porque é que a sociedade sempre perde quem mais é essencial?

Talvez, e só talvez, seja por que desde que nascemos, devemos aprender que no resumo, andar é preciso.

A ciência já sofreu essa lição, muitas... Mas muitas vezes. As artes também. Até a malfadada religião já entrou na roda.

Andar é preciso. De preferência com as próprias pernas.

(Quando escrevo McQueen, leia-se facultativamente Zilda Arns e tantos outros.)

              

Loja De Alexander McQueen com mensagem para o público.